São diversos os fatores que contribuem para a falta de conectividade. Comunidades de baixa renda carecem de acesso a transporte público confiável e com tarifa acessível. Quem precisa se deslocar enfrenta longos tempos de viagem nas lentidões agravadas pela geografia da cidade. Um estudo revelou que, juntas, as capitais do Rio de Janeiro e de São Paulo perderam R$ 98 bilhões somente em 2013 em razão dos congestionamentos.
O sistema de transportes do Rio, contudo, está trocando sua engrenagem. Nos últimos anos, líderes municipais começaram a trabalhar por soluções de baixo carbono para a mobilidade urbana. Agora, em celebração ao 450 anos da cidade, aos Jogos Olímpicos de 2016 e à passada Copa do Mundo, a capital está realizando ações concretas para transformar-se em uma das cidades líderes em mobilidade sustentável globalmente.
Vamos dar uma olhada em alguns dos caminhos pelos quais o Rio e o prefeito Eduardo Paes, que também é presidente da Aliança pelo Clima do C40, está construindo o seu futuro.
O Rio construiu seu centro de operação integrada (CCO) em 2010, o que facilitou às mais de 30 secretarias municipais o monitoramento de tudo o que acontece na cidade em tempo real. Nos últimos quatro anos, o CCO reduziu o tempo de resposta a emergências em 30%. Os recursos impressionantes do CCO vêm tanto das tecnologias envolvidas – são 30 km de fibra ótica conectados a 560 câmeras na cidade, e 100 pluviômetros que operam 24 horas – quanto da centralização de informações entre os diferentes órgãos públicos. Adicionalmente, cerca de 8.800 ônibus e veículos municipais são monitorados via GPS para o acompanhamento do tráfego e para prover uma ágil reação a possíveis incidentes.
O centro de controle permite que a cidade responda mais efetivamente a desastres naturais, acidentes e outros eventos, contribuindo para manter cidadãos seguros. “Os maiores benefícios são as coisas ruins que não acontecem e não vão acontecer em função deste controle”, disse o prefeito Paes em uma entrevista à CNN.
Fonte: https://wribrasil.org.br